segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Câncer Bucal
               

A Organização Mundial de Saúde (WHO,2009) considera o câncer como uma das causas mais comum de morbidade e mortalidade atualmente. Estima-se que cerca de 43% das mortes por câncer são causadas pelo uso do tabaco, consumo de álcool, maus hábitos alimentares, estilos de vida e infecções. Neste contexto, vale ressaltar que o câncer bucal tem como seus principais fatores de risco o uso tabaco e o consumo de bebida alcoólica.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA,2010) estima que haverá 15.120 novos casos de câncer bucal em 2013, sendo 10.330 em homens e 4.790 em mulheres, e a incidência desse tipo de câncer ocupa o 5° e 7º lugar nos gêneros respectivamente. Estes números poderiam ser menores se o paciente executasse o autoexame bucal com frequência, uma vez que é um exame simples e eficaz capaz de identificar alterações bucais, levando-o a procurar o profissional de saúde, afim de diagnosticar as possíveis lesões cancerizáveis. Dessa maneira, procurei escrever este artigo que  consiste em poucas palavras  voltadas para público em geral, capaz de informar, promover a prevenção e identificar precocemente as lesões cancerizáveis e o câncer bucal.
Quando o câncer bucal é detectado em fase inicial, a chance de cura representa 80% dos casos.
A principal forma de se detectar o câncer bucal é o AUTOEXAME BUCAL.
Trata-se de um exame simples e eficaz capaz de detectar precocemente as alterações na cavidade bucal.
Como devo fazer e o que devo procurar?
- Lave as mãos e faça uma boa higienização da boca;
- Remova próteses e dentaduras se for o caso.

A técnica do autoexame bucal consiste em inspeção visual e palpação, devendo ser realizada em frente ao espelho com boa iluminação. Para facilitar a memorização das estruturas da boca a serem examinadas no autoexame bucal, foi criada a sigla


BLLAP

(Bochecha, Lábios, Língua, Assoalho bucal e Palato)
Se diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, a maioria (80%) dos casos desse tipo de câncer tem cura. Geralmente, o tratamento emprega cirurgia e/ou radioterapia. Os dois métodos podem ser usados de forma isolada ou associada. As duas técnicas têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento. As lesões iniciais são aquelas restritas ao local de origem.

Dependendo do local, da extensão do tumor primário e do status dos linfonodos cervicais, o tratamento do câncer da cavidade bucal pode ser cirúrgico, radioterápico ou uma combinação de ambos. A cirurgia 
para ressecção dos tumores primários deve incluir sempre toda lesão tumoral e margem de tecido livre de tumor em todas as dimensões (mínimo de 1,0cm de margem), sempre confirmada no ato cirúrgico por exame de congelação.

LEMBRE-SE: Nem toda alteração encontrada no autoexame bucal é CÂNCER, no entanto, qualquer alteração encontrada após o autoexame bucal deve ser examinada por um dentista ou em um ambulatório de Estomatologia.( Referência: Estomatologia – UNIFESP)

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