quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ações indesejadas dos bifosfonatos, relacionadas a cavidade oral


   Ações indesejadas dos bifosfonatos, relacionadas a cavidade oral
Todos sabem que uma anamnese completa é de suma importância para o sucesso de qualquer tratamento dentário. Cabe ao dentista investigar sobre os efeitos adversos que os medicamentos que os pacientes tomam podem trazer para nossos procedimentos na clínica diária.
BRONJ Bifosfonatos Dicas Odonto
Segundo dados do ano de 2010, 190 milhões de pessoas no mundo usam o medicamento Alendronato de Sódio. Um número expressivo. Esse medicamento é utilizado por pacientes portadores de osteoporose, principalmente mulheres, após a menopausa. Quando um paciente informar que usa tal medicamento ou qualquer outro da família dos bifosfonatos, devemos ficar alertas caso seja necessário alguma intervenção que vá mexer com o osso como por exemplo a instalação de implantes dentários. Nessa hora, o interessante é entrar em contato com o médico para conversar sobre a possibilidade de troca ou suspensão do remédio. Caso isso não seja possível, os implantes estarão contra indicados, na minha opinião. 
Essa família de medicamentos pode ser administrada por via oral ou intra venosa. Alguns pacientes que têm histórico de câncer nos ossos podem ter tomado ou estar tomando medicamentos como Pamedronato e Zoledronato. A correlação entre o uso desses medicamentos e as lesões de necrose óssea foi relatada pela primeira vez em 2003.
Ações indesejadas dos bifosfonatos, relacionadas a cavidade oral:
- Inibição da angiogênese - deixando o trabeculado ósseo com muito pouca ou nenhuma irrigação sanguínea. Essa irrigação é mais do que necessária para que os osteoblastos possam chegar na superfície dos implantes para que a osseointegração ocorra ou mesmo para a simples cicatrização óssea em caso de exodontia. Isso ajuda a aumentar o risco de necrose óssea.
- Indução de Queratinócitos a apoptose - as células que vão formar a mucosa sobre a ferida de qualquer cirurgia na cavidade oral estarão sujeitas a uma morte programada. Isso explica a exposição óssea. A morte das células pode ocorrer espontaneamente em alguns casos, formando úlceras em várias regiões da boca.
- Presença de ulcerações (aftas) – na própria cavidade oral e no esôfago de pacientes que usam este medicamento. Os Bifosfonatos apresentam grande toxicidade aos tecidos moles.
BRONJ Bifosfonatos Dicas Odonto 2
Se o que falamos acima não for observado, o paciente estará sujeito a adquirir uma lesão chamada de BRONJ (Biphosphonate related osteonecrosis of the jaw) – Osteonecrose dos maxilares relacionada ao uso de Bifosfonatos. A BRONJ é uma ferida dolorosa que não cicatriza, com exposição óssea prolongada, maior que 8 semanas, em pacientes que usam ou usaram Bifosfonatos e não sofreram radioterapia nos maxilares. 
Com tudo isso em mente, o dentista deve tomar muito cuidado, inclusive em procedimentos de extração dentária. A possibilidade de termos problemas na cicatrização óssea da região operada é grande, com aparecimento da osteonecrose no alvéolo após a exodontia de dentes que ficam na região posterior da mandíbula, principalmente. Esta região apresenta maior prevalência dessas lesões por apresentar um osso naturalmente menos vascularizado e uma mucosa mais fina. Também é importante atentar para a presença de doença periodontal ativa, que aumenta em 7 vezes a chance do aparecimento das BRONJs em pacientes que fazem uso desses remédios. 
O tratamento mais indicado para estas lesões é a suspensão da medicação, uso de antibióticos por alguns meses e bochechos com clorexidina à 0,12%. Além disso, precisamos prescrever analgésicos, pois as lesões são muito doloridas e pode-se optar por tratamento com oxigenoterapia hiperbárica para aceleração da recuperação vascularização nos locais lesionados. Em casos mais graves, o osso infeccionado deve ser retirado, podendo causar lesões sérias e extensas.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012


Câncer Bucal
               

A Organização Mundial de Saúde (WHO,2009) considera o câncer como uma das causas mais comum de morbidade e mortalidade atualmente. Estima-se que cerca de 43% das mortes por câncer são causadas pelo uso do tabaco, consumo de álcool, maus hábitos alimentares, estilos de vida e infecções. Neste contexto, vale ressaltar que o câncer bucal tem como seus principais fatores de risco o uso tabaco e o consumo de bebida alcoólica.
No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA,2010) estima que haverá 15.120 novos casos de câncer bucal em 2013, sendo 10.330 em homens e 4.790 em mulheres, e a incidência desse tipo de câncer ocupa o 5° e 7º lugar nos gêneros respectivamente. Estes números poderiam ser menores se o paciente executasse o autoexame bucal com frequência, uma vez que é um exame simples e eficaz capaz de identificar alterações bucais, levando-o a procurar o profissional de saúde, afim de diagnosticar as possíveis lesões cancerizáveis. Dessa maneira, procurei escrever este artigo que  consiste em poucas palavras  voltadas para público em geral, capaz de informar, promover a prevenção e identificar precocemente as lesões cancerizáveis e o câncer bucal.
Quando o câncer bucal é detectado em fase inicial, a chance de cura representa 80% dos casos.
A principal forma de se detectar o câncer bucal é o AUTOEXAME BUCAL.
Trata-se de um exame simples e eficaz capaz de detectar precocemente as alterações na cavidade bucal.
Como devo fazer e o que devo procurar?
- Lave as mãos e faça uma boa higienização da boca;
- Remova próteses e dentaduras se for o caso.

A técnica do autoexame bucal consiste em inspeção visual e palpação, devendo ser realizada em frente ao espelho com boa iluminação. Para facilitar a memorização das estruturas da boca a serem examinadas no autoexame bucal, foi criada a sigla


BLLAP

(Bochecha, Lábios, Língua, Assoalho bucal e Palato)
Se diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, a maioria (80%) dos casos desse tipo de câncer tem cura. Geralmente, o tratamento emprega cirurgia e/ou radioterapia. Os dois métodos podem ser usados de forma isolada ou associada. As duas técnicas têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento. As lesões iniciais são aquelas restritas ao local de origem.

Dependendo do local, da extensão do tumor primário e do status dos linfonodos cervicais, o tratamento do câncer da cavidade bucal pode ser cirúrgico, radioterápico ou uma combinação de ambos. A cirurgia 
para ressecção dos tumores primários deve incluir sempre toda lesão tumoral e margem de tecido livre de tumor em todas as dimensões (mínimo de 1,0cm de margem), sempre confirmada no ato cirúrgico por exame de congelação.

LEMBRE-SE: Nem toda alteração encontrada no autoexame bucal é CÂNCER, no entanto, qualquer alteração encontrada após o autoexame bucal deve ser examinada por um dentista ou em um ambulatório de Estomatologia.( Referência: Estomatologia – UNIFESP)

sábado, 11 de agosto de 2012


Bone Heal: Você REALMENTE sabe o que é RTG?
Utilizando os principios da RTG, a Regeneração Tecidual Guiada, os idealizadores desta película levaram ao extremo a técnica com uma solução simples, acessível e eficaz.

Bone Heal: RTG prévia ou simultânea a Implantodontia
A manutenção de espaço adequado para a Regeneração Tecidual Guiada requer que a membrana tenha características mecânicas ou estruturais que permitam que a membrana suporte forças exercidas pela tensão dos retalhos, prevenindo o colapso da mesma sobre o defeito, reduzindo o espaço da ferida. Assim vários biomateriais tem sido propostos e alguns largamente utilizados e documentados como as barreiras de PTFE-e (politetrafluoretileno expandido) ou membranas reabsorvíveis com várias concentrações de ácido polilático e poliglicólico. Bone Heal® é um novo biomaterial usado como barreira nas Regenerações Ósseas Guiadas. É uma barreira regenerativa, impermeável, 100% polipropileno, com alguma memória, projetada para permanecer exposta intencionalmente ao meio bucal, e removida entre 7 a 15 dias, é usada isoladamente ou com implantes imediatos, principalmente quando houver perda da parede óssea vestibular. Usando apenas o coágulo sanguíneo, sem adição de enxertos ou outros biomateriais de qualquer natureza, é possível solucionar problemas complexos através de uma técnica cirúrgica simples, segura e previsível, objetivando a regeneração simultânea tanto do tecido ósseo quanto dos tecidos moles. Sem similar no mercado, foi desenvolvida inteiramente no Brasil. Tem sido mais utilizada em alvéolos dentários mas já foi descrito em outras aplicações(1) além da elevação do assoalho do seio maxilar(2).


terça-feira, 19 de junho de 2012


Sedação Endovenosa

Sedação Endovenosa
A sedação endovenosa é uma sedação bastante segura e permite que o paciente restabeleça as condições de consciência normal imediatamente após o fim da cirurgia, pois a reversão da sedação é totalmente controlada por um médico anestesiologista. Muito tranquila para o paciente, a sedação endovenosa não tem os riscos e os incômodos da anestesia geral. Pelo contrário, proporciona a sensação de conforto ao paciente e melhora as condições de segurança para realização dos procedimentos planejados para o tratamento.
Todo o processo é realizado por um médico anestesiologista que permanece na sala durante todo o procedimento, monitorando o paciente. A equipe cirúrgica da Odontto Vila da Serra, juntamente com a equipe de anestesiologistas, opera pacientes com o uso de sedação endovenosa há mais de 17 anos.
Nessa sedação, o paciente não perde a consciência. Ele responde a comandes de voz, mas mesmo estando consciente, dificilmente se lembrará da cirurgia. Após o procedimento cirúrgico odontológico, o paciente é encaminhado à sala de repouso, onde ficará em observação por um período e liberado após avaliação do médico anestesiologista.
A realização da sedação endovenosa consciente é algo muito seguro ao paciente e ao cirurgião, desde que realizada com profissionais capacitados em conjunto com uma equipe cirúrgica experiente e em um local com uma estrutura física adequada, como na clínica Odontto Vila da Serra.
Para fazê-la, são necessários alguns exames de sangue, urina e risco cirúrgico (um exame cardíaco). Com os exames em mãos, o paciente é avaliado pelo médico antes da cirurgia, recebe orientações sobre medicações pré e pós-operatórias.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Cárie também tem a ver com a genética

Cárie também tem a ver com a genética

A influência da genética sobre as cáries dentárias foi comprovada pela Dra. Renata Iani Werneck, CD que procurou estudar o assunto depois de muito observar o comportamento de seus pacientes e respectivas famílias.Mesmo em condições semelhantes de bons hábitos regulares de higiene oral, alguns grupos familiares mostram maior propensão à carie do que outros.

Numa tese de doutorado defendida na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), ela provou que os genes têm a ver com as cáries, além do que as pessoas mais suscetíveis têm até nove vezes mais incidências da doença do que as que possuem proteção. “Eu não consigo saber qual é o gene, mas posso dizer que ele existe, que foi detectado pela análise”, disse a CD em entrevista à Revista Época e ao portal G1.

Estudo foi feito com segregação complexa

Dentre as três doenças crônicas mais comuns nos consultórios odontológicos, a cárie é uma delas, junto com a doença periodontal e a má oclusão. Cerca de 60% a 90% das crianças em idade escolar e a maioria dos adultos são afetados diretamente pela cárie dental. São dois os fatores variáveis ambientais importantes que contribuem para a predisposição da doença: idade e gengivite. Ainda segundo a Dra. Renata,quanto mais novo o paciente, mais proteção.

Quanto ao trabalho realizado, explica que “embora um componente genético para suscetibilidade à cárie já tenha sido demonstrado em pesquisas anteriores, a exata natureza e a extensão deste componente é ainda desconhecida”. A partir dessa investigação, ficou claro que a literatura científica se limitava a mostrar análises primárias, que apontaram para genes do sistema imunológico e do esmalte dentário como fator do desenvolvimento da cárie. O estudo feito de segregação complexa feita pela CD foi mais além. E, com base nos resultados obtidos, ela tentará avançar, colhendo o DNA dos pesquisados, para trabalhar seu código genético.

Variáveis ambientais em colônia de hansenianos

Para desenvolver a tese de influência genética sobre as cáries, Renata trabalhou com parentes de 11 famílias da Colônia Santo Antônio do Prata, que reúne pacientes hansenianos desde 1920 no Interior do Pará e funciona em regime de isolamento até hoje. Foram pesquisadas 451 pessoas cujos hábitos alimentares e de higiene oral são iguais. Outro detalhe importante foi que nesse lugar a dieta é rica em elementos cariogênicos, os padrões de higiene oral são baixos e a água utilizada não contém flúor, substância que funciona bem na prevenção da cárie. Daí a escolha pela colônia. “Sabe-se que a cárie sofre grande influência das variáveis ambientais. Se a minha amostra tem muita força dessas variáveis, eu não consigo olhar para o efeito genético. Trabalhando com essa população, eu consegui controlar as variáveis antes da coleta de dados”, concluiu. Do total da população pesquisada na colônia, 86 tinham hanseníase e esta doença não influencia na prevalência de cáries.

Que Brasil desejamos para nossas crianças em 2016?

Que Brasil desejamos para nossas crianças em 2016?

Synésio Batista da Costa

As Olimpíadas do Rio 2016 serão uma nova oportunidade para o Brasil olhar para o futuro. Muitos dos pequenos brasileiros de hoje virão a ser os atletas olímpicos daqui a sete anos. Eles competirão em estádios construídos por operários, muitos deles frutos de uma geração com poucas oportunidades, mas que poderão vivenciar as conquistas de seus filhos.

Do ponto de vista econômico, conseguimos inúmeros avanços, temos hoje uma economia com bases sólidas, a inflação sob controle e parâmetros financeiros de primeiro mundo, atingimos "Investment Grade" (recomendação de investimento), fomos os últimos a entrar na crise e os primeiros a sair dela. Enfim, sopram ventos favoráveis para mudanças estruturais na educação, na saúde e na qualidade de vida, especialmente para as crianças.

Por isso, com a missão de organizar o principal evento esportivo do planeta, e com indicadores econômicos tão positivos, os nossos governantes têm pela frente a chance de serem os operários na construção de uma geração campeã, vitoriosa na formação educacional, com ampla oferta de oportunidades e de um horizonte mais glorioso. Um exemplo de que os jogos poderão trazer avanços é a medida que prevê o ensino de inglês, a partir de 2010, aos adolescentes das escolas municipais cariocas. Muitas outras mudanças e inovações como essa também estão por vir.

Afinal, hoje somos uma das maiores economias do mundo e um dos principais países emergentes ao lado da Rússia, Índia e China (BRIC), também integramos o G20 e, por diversas vezes, somos reconhecidos como liderança na América Latina e no cenário mundial.

Entretanto, em relação à educação, de acordo com um ranking elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que monitora o cumprimento de metas alcançadas pelos países para melhorar o ensino, o Brasil ocupa a 80ª posição em uma lista de 129 países, ficando atrás de nações como Paraguai, Venezuela, Argentina, Kuwait e Azerbaijão.

Além disso, o Brasil é o 75º colocado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) medida esta que compara a riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros indicadores de 182 países do mundo. Isso se deve ao fato de milhões de crianças brasileiras serem de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza, se encontrarem sem vagas em creches, nunca terem ido à escola, frequentarem escolas de péssima qualidade e morrerem por doenças que poderiam ser facilmente evitadas como a diarreia e a desnutrição.

Apesar de termos muitos desafios pela frente, nossa visão é otimista, vemos as Olimpíadas como marco de uma nova nação rumo ao primeiro mundo, não só nos esportes, mas em todos os aspectos. E para que esse objetivo seja atingido, será necessário um investimento de aproximadamente 30 bilhões em obras públicas que também irão beneficiar e inspirar as milhares de crianças que, em 2016, certamente serão 60 milhões* de vencedores.

Nosso desejo é o de sermos protagonistas do futuro do Brasil que terá 100% das crianças matriculadas em creches e escolas de qualidade, livres do trabalho infantil, com registro civil, bem nutridas, protegidas de qualquer forma de violência ou opressão. Enfim, que os nossos futuros campeões tenham todos os seus direitos garantidos e possam se orgulhar por fazerem parte do primeiro país da América do Sul a sediar uma Olimpíada.

Esperamos que até o Natal de 2016 possamos comemorar o cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Que o espírito olímpico vivenciado por aqui traga consigo todo o progresso que exige. Este é o Brasil que desejamos para as nossas crianças daqui a alguns anos.

*(número de crianças e adolescentes, de acordo com a PNAD-IBGE 2007)

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Câncer de boca atinge mais jovens

Câncer de boca atinge mais jovens

Aumento de casos entre pessoas com 30 a 45 está ligado à prática de sexo oral sem proteção

O câncer bucal sempre foi mais comum entre homens acima de 50 anos, principalmente os tabagistas ou alcoólatras. Mas pesquisas indicam que a doença tem crescido entre pessoas mais jovens, entre 30 e 45 anos, sendo que o principal precursor é a prática de sexo oral sem proteção.
De acordo com o médico oncologista Henrique de Lins e Horta, da clínica Oncomed BH, o câncer de boca associado ao vírus HPV, diferentemente dos casos relacionados ao fumo e ao álcool, afeta mais comumente as amídalas e a base de língua, sendo habitualmente tumores pouco diferenciados. “Na maioria dos casos, a sobrevida e a resposta ao tratamento dos pacientes com esse tipo de câncer é melhor do que os casos associados ao cigarro e à bebida”, completa.
Mas os sintomas do câncer bucal causado pelo HPV são os mesmos: úlceras orais que não cicatrizam, lesões vegetantes, dor e sangramento na boca, dificuldade para engolir e nódulos na região do pescoço. “Normalmente, a infecção do HPV é assintomática. No entanto, mesmo a pessoa não apresentando sintomas, ela pode transmitir o HPV por via sexual”, alerta o médico. Ele também frisa que não são todos os subtipos de HPV e não são todas as infecções pelo HPV que irão evoluir para um câncer.
Henrique Horta afirma ainda que estudos de caso-controle têm sugerido que os tumores de cabeça e pescoço causados pelo HPV estão associados a um número elevado de parceiros sexuais. Os estudos também têm demonstrado que pacientes acometidos por esse tipo de câncer têm grande risco de desenvolver cânceres na região anogenital (colo de útero, vulva, vagina, pênis e ânus).
“Portanto, uma das formas de se prevenir é praticar sexo seguro. Um detalhe importante: o uso de preservativos diminui, porém não protege completamente a transmissão do HPV. Outras formas de contágio já foram descritas na literatura, incluindo o beijo”, alerta o médico. O tratamento do câncer de boca geralmente é multidisciplinar, podendo se valer de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, sendo que a taxa de resposta, geralmente, é maior nos casos associados ao HPV.
Um outro aspecto importante a se destacar é que já existem vacinas contra alguns subtipos do HPV. “Apesar dos principais estudos realizados até o momento terem avaliado a prevenção de verrugas genitais, câncer de colo de útero e região anal, indiretamente acredita-se que a vacina também possa prevenir alguns casos de câncer da região oral associada ao vírus”, finaliza o médico.

sexta-feira, 9 de março de 2012

OZONIOTERAPIA

Guarde bem esse nome:ozonioterapia. A prática é pouco conhecida no Brasil, mas vem ganhando fôlego com o apoio da classe médica. A terapia – que utiliza o ozônio como agente terapêutico em grande número depatologias – existe há mais de 100 anos. Na 1ª Guerra Mundial, o médico alemão Christian Friedrich Schonbrin tratava as feridas dos soldados com o gás. O ozônio – obtido da união de três átomos deoxigênio – é o gás que protege o planeta Terra dos raios ultravioletas emitidos pelo sol. O ozônio medicinal, segundo os médicos, é sempre uma mistura de ozônio com oxigênio, em quantidades e concentrações que variam conforme a doença a ser tratada.

De acordo com os médicos, o emprego do gás na medicina melhora a circulação sanguínea, reduz o colesterol, ajuda na cicatrização de feridas (principalmentediabéticos com insuficiência circulatória), na oxidação de toxinas, nas infecções ginecológicas, cirrose hepática, hérnias de disco, cegueira e no tratamento dador crônica. O ozônio tem outras aplicações, além da medicina: tratamento da água e lavagem dos alimentos em substituição ao cloro, na parte estética também, enfim, dizem os especialistas que o gás tem 1001 utilidades. Os ambientalistas aplaudem o uso do ozônio porque além de ser um desinfetante natural – que mata germes,bactérias, fungos – não faz mal ao meio ambiente, pois ele deixa como único resíduo ooxigênio.

A descoberta e uso médico do ozônio data de 1840. A ozonioterapia é reconhecida pelo Ministério da Saúde na Alemanha, Itália e em outros 16 países. Cuba conta com 39 centros clínicos de ozonioterapia. Na Rússia é utilizada em todos os hospitais governamentais. Atualmente quase 10 mil médicos utlizam o método na Europa. Ao reagir com os tecidos corporais, o ozônio forma substâncias que estimulam todo o sistema antioxidante e promovem uma grande liberação de oxigênio para as células. O gás tem efeitos analgésicos e antiinflamatórios que acelera a cicatrização de lesões.